

Hoje, Lili acordou com um coração gigante. Quando algo dá errado, a raiva cresce como um vulcãozinho. "Eu não gosto quando isso acontece", sussurrou. Mamãe Clara abraçou: "Estamos juntas, meu amor".

Na sala, a torre de blocos desabou. O corpo de Lili ficou quente e duro. "Respira comigo: cheira a flor, apaga a vela", disse Mamãe. Lili tentou, ainda tremendo, e ouviu seu ritmo.

Cada sopro criava uma Bolha de Calma, brilhante como sabão. "Estou mais leve", Lili disse baixinho. As pernas relaxaram. A raiva diminuiu, como um fogão que alguém desligou com carinho.

No desenho, um pingo de água borrou o sol. "Ah!", gritou Lili, punhos fechados. Ela pausou, cheirou a flor, apagou a vela. Mamãe sorriu: "Você escolheu cuidar da sua emoção".

Na escola, Professora Ana mostrou o Ponto de Calma. Havia tapetinho macio, bolinha de apertar e lápis coloridos. "Aqui você escolhe", explicou. Lili tocou o tapete: "Parece um abraço no chão".

No recreio, o jogo parou e o peito ferveu. "Quero minha vez!", disse Lili alto demais. Ana respirou ao lado: "Vamos ao cantinho?" Lili assentiu, passos fortes, coração pedindo ajuda.

No Ponto de Calma, Lili apertou a bolinha. "Cheira a flor... apaga a vela", repetiu. Desenhou um redemoinho vermelho virando brisa. Voltou ao pátio: "Agora posso esperar minha vez".

Na arte, a tinta caiu no chão. Lili travou, depois respirou sozinha. "Eu limpo", disse, pegando papel. Professora Ana sorriu: "Percebi sua escolha corajosa". O peito da menina ficou leve.

À noite, lembranças borbulharam como lava. "E se voltar?", perguntou Lili. Mamãe Clara sentou perto: "Sua bolha te encontra". Elas respiraram juntas devagar. A Bolha de Calma brilhou, macia como lua.

De manhã, Lili mostrou: "Cheiro a flor, apago a vela", guiando Mamãe. Elas brincaram de vulcão que esfria. Risadas encheram a casa. "Tenho um plano quando fico brava", disse Lili orgulhosa.

No aniversário, o balão estourou alto. O corpo enrijeceu. Lili fechou os olhos: "Cheira a flor... apaga a vela". A bolha apareceu. "Tudo bem sentir. Eu me cuido", pensou.

Lili percebeu: a raiva não é inimiga. É um pedido por cuidado. "Quando chega, eu escuto", disse à Professora Ana e à Mamãe Clara. Com amor e calma, ela segue crescendo.